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Saúde

Inovação conceitual na área de saúde

Caio Henrique Machi | 28 de maio de 2019

2014. Um designer faz um movimento audacioso. Sai de seu cargo na empresa IDEO, especializada em inovação, com padrões internacionais, para dar início à um projeto no mínimo único, funda o Design Institute for Health at the University of Texas at Austin, ou, em tradução livre, o Instituto de Design para Saúde da Universidade do Texas em Austin.
Este designer chama-se Stacey Chang e seu objetivo é trazer modernização e uma nova visão de estrutura e atendimento para hospitais e centros de saúde.

Logo do Design Institute for Health at the University of Texas at Austin. (imagem: divulgação)

Para Chang o problema já começa no ensino tradicional de saúde: “ele é baseado em pesquisa, educação e clínica. Como pesquisa e educação não trazem retorno financeiro, há uma ênfase em procedimentos e tratamentos de grande complexidade na parte de atendimento clínico. O resultado disso é a falta de incentivo aos cuidados de prevenção. O modelo atual não funciona mais, é preciso que o ser humano volte a ser o centro do sistema”.
A lógica por traz dessa crítica é que a remuneração não deve ser baseada no número de procedimentos realizados e sim no resultado alcançado, visando assim a melhora do paciente. Junto com essa ideia veio uma mudança no método de atendimento, dando fim às salas de espera, Chang diz: “em vez de os pacientes aguardarem sua vez, cada um é encaminhado para uma sala. O espaço é dele, e não dos profissionais de saúde. A pessoa poderá ser atendida por um médico, enfermeiro, fisioterapeuta, tudo numa só visita, porque o objetivo não é a consulta em si, e sim seus desdobramentos”.

Prevenir é necessário. (foto: reprodução)

Chang complementa com a ideia de que, além de tudo, os tempos mudaram e a natureza das doenças também mudou junto, e convivemos muito mais com obesidade, hipertensão, diabetes, depressão. Na opinião do inovador, essas não são enfermidades para serem atendidas em hospitais, que foram concebidos há séculos para dar conta de infecções em massa ou feridos de guerra: “as pessoas vivem com doenças e apesar delas. Temos que repensar a forma de lidar com a situação, porque seu manejo já se dá em casa, às vezes com o uso de celulares e tablets. Precisamos expandir essas fronteiras e passar a cuidar da saúde dentro das próprias comunidades. Em vez de ir a uma clínica, que só reforça a carga negativa do quadro, por que não participar de grupos e discussões em bibliotecas e centros comunitários?”, complementa.

Escrito por: Caio Henrique Machi

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