Malinkovich reconhece que a prisão dos responsáveis pela série é uma tarefa difícil de se cumprir, mas sugere que ao menos a entrada deles na Rússia seja proibida. Também disse esperar que algum país, como Cuba e China, possa deter essas pessoas e extraditá-las para Moscou. “Estes senhores devem compreender que se converteram em inimigos intransigentes da Rússia”, concluiu o deputado.
O partido – que não deve ser confundido com o maior e mais influente Partido Comunista da Federação Russa – enviou suas solicitações na quinta-feira (13/06) ao Ministério do Interior e à agência federal reguladora dos meios de comunicação, Roskomnadzor, responsável pela censura da mídia.
Apesar da indignação do KR, Chernobyl teve boa recepção na Rússia, ainda que alguns críticos acusem os criadores de distorcer os fatos para passar uma imagem negativa dos dirigentes soviéticos.
O ministro da Cultura do país, Vladimir Medinski, chegou a chamar a série de “magistral” e destacou o respeito mostrado pelos criadores. “Imaginava que seria pior”, afirmou.
Contudo, ele apontou que, apesar de se aproximar bastante da verdade, a série erra ao retratar algumas situações que não correspondem à realidade. Medinski afirmou ainda que a Rússia prepara alguns grandes projetos cinematográficos sobre o acidente na usina nuclear de Chernobyl.
“O grau de realismo em Chernobyl é maior do que em muitos filmes russos sobre aquela época”, afirmou, por sua vez, o jornal pró-Kremlin Izvestia. Já a crítica do diário Rossiyskaya Gazeta, publicado pelo governo da Rússia, escreveu: “É uma produção de qualidade bastante alta em termos de série televisiva, não há nada em que se possa encontrar falhas.”
A série também recebeu grandes elogios da crítica de outros países por sua contundente recriação do desastre nuclear de 1986 na Ucrânia da era soviética. A produção não foi veiculada nas televisões russas, mas estava legalmente disponível na plataforma de streaming Amediateka, que também exibiu séries de sucesso como Game of Thrones.
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