Crítica: Gallipoli (Beirut)

Nosso querido Zach Condon e seu grupo (ou devo chamar de orquestra?) está com um álbum novinho pra gente degustar. Vamos lá:
1. When I die
Já de início temos aquela composição instrumental clássica beirutiana, flugelhorn (fliscorne) como lead e cordas dando a base. Vocal e letras nostálgicas para os fãs antigos.
2. Gallipoli
Clássico instantâneo. Aproveita bem o ritmo da intro e traz um flugelhorn marcante e melancolia perfeitamente balanceada. Digna do Gulag Orkestar, mas levemente diferente. Gostinho de déja vù.
3. Varieties of Exile
Mais cordas do que flugelhorn nessa canção, diferente das duas primeiras. Essa é pra’queles que sentiram falta do ukulele. Outro docinho. Vibes havaianas.
4. On Mainau Island
Órgão Farfisa com distorção e efeitos intensos. A música soa como Beirut, mas se tivesse sido composta especialmente pra um filme sci-fi. Primeira instrumental do álbum.
5. I Giardini
Com destaque na percurssão, Zach Condon faz uso de tambores africanos e batidas repetitivas. A mais fraquinha até então em minha opinião.
6. Gauze für Zah
“My musical brain, the more subconscious part, always seems to have big emotions and feelings running all over. Uptown and downtown, excitement and melancholy. I love it and I just follow the intuition” disse Zach para a Consequence of Sound, sobre essa música se referindo precisamente sobre como a canção mistura bem ânimo e melancolia, sem se contradizer. Fade out eterno.
7. Corfu
Segunda instrumental do álbum. Sonoridade caótica na medida certa. Sintetizadores. Psicodelia.
8. Landslide
Boatos surgiram de que letra dessa música seria política, pois Zach saiu dos EUA após vitória de Trump nas eleições. Zach desmentiu e disse que “música é um assunto sagrado demais para ser manchado com política” , à Consequence of Sound.
9. Family Curse
Destaque para parte final da música. Órgãos poderosíssimos, old drum machines, trompetes e sintetizadores analógicos. Segundo Zach, instrumental faz uso de cerca de 16 faixas de sintetizadores ao mesmo tempo, cada um com sua própria entonação.
10. Light in the Atoll
Zach cita que canção soa como primeiras canções que escreveu, antes de Gulag Orkestar, canções que este diz que ningúem nunca ouviu. É como se Zach estivesse acabando de escrever composições que começou a 13, 14 anos atrás.
11. We Never Lived Here
Tom mais grave que o restante do álbum. Possui uma obscuridade interessante, tanto no instrumental quanto na letra.
12. Fin
Terceiro instrumental, última música do álbum. Alguma similaridade com a faixa 4. Não soa como Beirut, a menos que especificado. Talvez dessa forma se escute alguma característica deste. Curtinha, com 2:03 de duração, excelente desfecho.
CONCLUSÃO: Metade nostálgico e metade inovador, temos aqui o melhor dos dois mundos de Beirut. Ótima primeira ouvida para quem quer algo novo sem desfazer da essência que o grupo carrega desde seus primórdios.
Lembrando que Beirut vem para o Brasil este ano! O grupo se apresentará no Popload Festival.
Confira aqui nossa matéria sobre o Popload: http://boongoo.com.br/2019/05/29/vem-ai-popload-festival-2019/
O evento será no Memorial da América Latina, assim como suas últimas edições.
Ingressos:
Online: Ticketload (ticketload.com)
Ponto de Venda: Credicard Hall
Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro – SP / terça à sabado (12h às 20h) e aos domingos e feriados (13h às 20h)
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